de alma lavada

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Por mais que tudo seja corrido

Por mais que seja distante de tudo

Mesmo que se consuma tempo

Vale a pena

            ..      

Por mais que não seja a melhor hora

Por mais que não se vista a caráter

E mesmo distante do seu amor

Vale a pena

_

 Mesmo com água gelada

Com o céu nublado

Temperatura baixa

Estação desencontrada

E a vida toda atrapalhada

Ainda vale a pena

Lu

Para sempre Alice

Assisti hoje a um filme que concorre na categoria “melhor atriz em Drama” ao Globo de Ouro, “Para sempre Alice” (Still Alice), com a fantástica Julianne Moore encarando uma professora inteligentíssima que é diagnosticada com Alzheimer precoce. OMG!  (snif, snif) Filme muito bem produzido e dirigido, com cenas que fazem a gente pensar o que somos e o que vamos deixar para o mundo. Fotografia bonita com diálogos bem colocados que marcaram intensamente minha alma.  (E não é exagero!)

Alec+Baldwin+Julianne+Moore+Film+Still+Alice+RcvzEtBzPqtl

Alice percebe que está com problemas aos poucos, e luta arduamente para lembrar como é sua vida “normal”.  Ao imaginar perder toda a memória e junto com ela toda sua vida, seu passado, as boas lembranças, os esforços de estudos, as emoções, esquecer o nome dos filhos, de onde fica o banheiro.

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Agora, deixando um pouco o filme de lado, imagine uma professora universitária que passou a vida se dedicando aos estudos, ir esquecendo tudo o que ela já foi e já fez na vida. Eu penso que tudo vai deixando de fazer sentido.

O trabalho excessivo, os dias que vamos para o trabalho mesmo estando doente, a luta exaustiva para ser mais e ter mais. Tudo isso perde um pouco de sentido quando se é afrontado por uma doença ou um acidente. O mundo é finito e nossa existência é ínfima, como deveríamos viver? Devemos gastar todo o tempo procurando ser promovido? Ou ganhar mais? Ou comprar mais?

Essa é minha lição de tudo isso, desse filme e de algumas questões pessoais. O que é realmente importante para você na vida? 

O filme trata disso e da questão séria de uma doença muito triste, e faz isso de forma tocante com uma Julianne Moore impecável. Assistam e me digam o que acharam!

Lu

Em busca de virtudes

A vida é engraçada e os seres humanos são, mesmo, muito peculiares! Eu estou acompanhando essa nova onda de livros/filmes que protagonizam meninas adolescentes como heroínas das histórias.katniss_everdeen__by_xxhannahsalvatorexx-d4q9msu

Já li e assisti a saga de Jogos Vorazes, onde a heroína é uma menina de muitos princípios; batalhadora, que cuida da família e tem bom coração, o que acaba fazendo dela um símbolo da revolução.

Já li a saga de Divergente, onde a heroína lida com várias dificuldades pessoais (físicas e mentais), mas acaba se destacando por sua inteligência e coragem.

Posso ainda, mencionar as primeiras heroínas desse tipo, como Lúcia e Susana, de Nárnia, e a Hermione, do Harry Potter; meninas educadas e gentis que só querem fazer o bem.

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Hoje, assisti ao filme “Se eu ficar”. Confesso que assisti com bastante receio (já que o gênero do filme não é minha praia), mas me deparei com outra protagonista de grandes virtudes. Mia foge dos padrões da sociedade, ela tem um grande talento: é gentil e sempre quer o bem, como todas as outras.

Aí é que está a peculiaridade do ser humano: ele admira pessoas virtuosas, mas é só isso que as tornam virtuosas?

Os adolescentes que conheço e que tem acesso a essas histórias são, em suma, fúteis. Eles ainda estão em formação de caráter e pensam muito mais em comprar um iPhone novo do que em ajudar alguém, mesmo que em coisas simples. Admiram que a Katniss seja o tordo, mas não levantam a mão nem mesmo para lavar a louça de casa. Admiram que a Tris pule de um prédio, mas não se arriscam nem a doar roupas que não usam mais.

Espelhar-se nas personagens vai além de se vestir como elas. Passa da aparência para o ser, o sentir e o fazer. A amizade de Hermione a fez correr perigo por Harry e isso é muito mais que aparência. O sacrifício de Katniss pela irmã foi o que a tornou tão admirável. E é o ato de cuidar do outro que faz o ser humano ser especial. É isso que faz a vida em sociedade ter algo de significante.

Eu estou querendo demais? Sei que nossa sociedade valoriza mais o ter do que o ser. Seria essa nova onda de ficção uma contra corrente? Será que estão tentando salvar nossos jovens?

Eu espero que funcione!

Luiza

Aviso aos navegantes!

Pare!

Olhe!

Perceba o mundo a sua volta!

Pode ser que você esteja fazendo isso errado!

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Somos todos parte de um todo.  Somos apenas veias por onde o tempo passa.

Não importa qual sua tribo, literalmente, todos nós viemos da terra, vivemos na terra e, logo, voltamos para a terra.

Enquanto não percebemos que somos os caminhos que percorremos, não os bens que possuímos.

Que somos os conhecimentos adquiridos, não somos os lugares que vamos por status.

Somos o bem que fazemos para o mundo, não a roupa que vestimos.

Viemos para esse mundo sem nada e vamos voltar sem nada, nada além de tudo que vivemos.

Em pouco tempo não estaremos mais aqui, e nossas memórias só permanecerão através de nossos sangue, das coisas que fizemos, das sementes que plantamos.

Deixaremos aqui todo ar que nos manteve vivos, os sussurros dos ventos.

Deixaremos aqui todos os cheiros de chuva, as belezas das plantas.

Deixaremos os risos das crianças e todos nossos sonhos e nossos amores.

Somos apenas um cisco no tempo, somos historia.

Somos parte do mistério da natureza.

E o que queremos transmitir para o mundo?

E qual o seu legado para o mundo?

Lu

Les misérables

Janeiro é sempre uma temporada de tentar assistir os filmes indicados para o Oscar, o grande prêmio de cinema. Esse ano, já tive a felicidade de conseguir assistir alguns, filmes muito bons, melhores que muitos dos outros anos. Em especial, esse ano concorre em diversas categorias o musical “Les Misérables”, dirigido por Tom Hooper, uma produção britânica que estréia amanhã nos cinemas no Brasil.

A trama musicada é adaptada do clássico de Victor Hugo, Os Miseráveis, publicado em 1862. Conta a histórida de uma França sofrida entre guerras, e tem como ponto central a história de um condenado que foi posto em liberdade, Jean Valjean, vivido pelo eterno Wolverine, Hugh Jackman.

Jean Valjean encontra com os outros personagens ao longo da trama, Fantine, vivida por Anne Hathaway, que está impecável nesse papel. Sua filha, Cosette (Amanda Seyfried), que acaba sendo criada por Valjean, e o inspetor Javert (Russel Crowel), que o persegue a vida toda. Além de outros personagens que tornam o filme extremamente bem articulado e bem cuidado.

A direção de arte no geral está esplêndida, não mediu-se esforço, a atmosfera desempenha o  papel de deixar a gente de olho na tela, mesmo com a duração de 158 minutos.

O musical com certeza é um fenômeno, e um requinte que não podemos nos privar. Vale a pena, com certeza!

Lu

Certo dia eu conversei com a Lua,

Pedi a ela que me ajudasse a encontrar

Um caminho certo pra seguir

Motivos e alegrias

De viver

A Lua respondeu com um brilho incomum

Que eu iria encontrar meu caminho

Se seguisse o pulsar do coração,

Sem desistir.

E, em um sopro refrescante,

O vento se apressou na conversa

E espalhou para os quatro cantos

Que para ser feliz basta viver,

Com as vitórias conquistadas,

Dia após dia.

E eu,

Alegre pela prosa,

Me deitei na grama fria

E brinquei com as estrelas,

Crianças de tudo…

Que me lembraram que o mais simples,

 Isso sim,

É felicidade!

Lu

Uma vida bem colorida!

Cada dia que passa, convenço-me de que a vida é uma singela passagem no tempo.

Passagem essa que pode ser vivenciada de diversas formas, de acordo com a individualidade de cada ser humano.

Pode-se viver isolado do mundo, pode ser mesquinho, pode-se tornar um ser ganancioso, um ser mal resolvido, sem sentimentos bons… mas tudo isso torna a vida – que já é efêmera por natureza – sem graça.

Vive bem aquele que ama.

Vive bem aquele que tem amigos.

A vida pode ser curta, mas se vivenciamos momentos de puro amor, e pura doação do que somos para outra pessoa, sem desejar nada em troca, já valeu a pena cada segundo da nossa insignificante existência.

Um sentimento verdadeiro pode acalentar um coração por uma vida, mesmo que tenha permanecido por pouco tempo.

Uma amizade pode ser eterna, mesmo que as pessoas não se encontrem. O sentimento não muda, somente soma, tornando a pessoa que ama uma pessoa mais completa.

Quando essas duas almas se reencontram, essa amizade verdadeira ressurge, o carinho é o mesmo. A amizade verdadeira não necessita ser vivida todos os dias, são como as estrelas, que se escondem atrás de nuvens:  a gente não vê seu brilho, mas sabe que eles estavam lá, esperando o tempo clarear a noite, para voltar a resplandecer.

Cada palavra e gesto são momentos únicos na nossa vida, oportunidades de decidir o caminho a seguir. Pode soar piegas, mas cada dia é sim um novo começo, e podemos decidir como ser, como viver, como amar.

Como diria meu querido Chaplin: “Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.”

Eu escolho viver cada segundo como se fosse o último, escolho amizades verdadeiras, sentimentos verdadeiros, uma vida verdadeira. Uma vida bem colorida!

Lu

The Art of Clean Up

Faz tempo que não escrevo aqui sobre Arte, hoje então trouxe um artista de Arte Contemporânea, um suíço, que além de artista é comediante, e eu diria: um artista, comediante e obcecado por “ordem”.

O nome dele é Ursus Wehrli, autor de um manifesto sobre como manter o mundo mais racional e simétrico, é autor do livro de fotografias “The Art of Clean Up” (A arte da arrumação), e as imagens valem mais que qualquer palavras…

 

E, como já disse, Wehrli é obcecado por “ordem”,  arrumou o mundo real, e a história da Arte:

 

Acho fantástico o trabalho desse artista, acredito que minha mãe seria sua fã número um, mas temo em mostrar pra ela, vai que ela tenta segui-lo por aqui.. rsrs…

Lu

Adele

Adele, cantora britânica, com seus poucos 23 anos já faz carreira de dar inveja aos veteranos da música pop internacional.

Ela começou a cantar aos quatro anos, como muitas meninas da “nossa” geração, por inspiração nas Spice Girls (eu mesmo ADORO). Adele confirma que o grupo das apimentadas  foi uma grande influência em relação ao seu amor e paixão pela música, afirmando que “elas me fizeram o que sou hoje”.

Várias músicas de Adele estão no TOPO das paradas, hoje mesmo vi “Set fire on the rain” no Top 5 do canal Multishow. Esse sucesso todo teve o estopim numa aclamada performance ao vivo no BRIT Awards de 2011, a música “Someone Like You” chegou ao primeiro lugar das paradas de sucesso no Reino Unido, enquanto o álbum também permaneceu como número um no país. E, como vivemos, felizmente, num planeta globalizado, sua voz pode ser logo adorada no mundo todo.

 

Do Grammy Awards de 2012, Adele levou seis prêmios, vencendo em todas as categorias em que foi indicada. Ela ganhou em Melhor Gravação do Ano (“Rolling in the Deep”), Álbum do Ano (21), Música do Ano (“Rolling In the Deep”), Melhor Performance Solo Pop (“Someone Like You”), Melhor Álbum Pop (21) e Melhor vídeo musical – versão curta (“Rolling In the Deep”).

E ainda é jovem, tem muito pela frente… esperamos que não seja só um cometa passageiro, e sim que se torne uma brilhante estrela para melhorar o decadente panorama da música mundial.

Lu

(…)”E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta(…)Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: “Minha flor está lá, nalgum lugar…” (…)”A flor que tu amas não está em perigo… (…) Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor. Sempre houvera, no planeta do pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavam ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam. Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros. Podia ser uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e começou então a preparar uma flor. O principezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que sairia dali uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma sua pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, durara dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer, havia-se, afinal, mostrado. E ela, que se preparava com tanto esmero, disse, bocejando:
– Ah! Eu acabo de despertar… Desculpa… Estou ainda toda despenteada…
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
– Como és bonita!
– Não é? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo que o sol…
O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!
– Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim…
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor.(…) Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.
“Não a devia ter escutado – confessou-me um dia – não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido…”
Confessou-me ainda: “Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava… Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! MAS EU ERA JOVEM DEMAIS PARA SABER AMAR”(…)
E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
– Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
– Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
– Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
– É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz… Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
– Mas o vento…
– Não estou assim tão resfriada… O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
– Mas os bichos…
– É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe… Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
– Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa”(…)