Eu sempre quis fazer um post pro meu pai. Um post de saudade, mas eu não queria um post piegas, nem lagrimas de tristeza. Não era essa a intenção.
Hoje, então, voltando de ônibus do Rio, ouvindo Maria Gadu, prestei atenção a uma música que eu sempre gostei, mas que nunca tinha analisado toda sua letra: Dona Cila.
A letra e a melodia se harmonizam perfeitamente, com grande sutileza e encantamento singelo. E, é nesse clima leve que eu esperava fazer uma homenagem de saudade pro meu pai. Uma música doce, escrita pela Gadu para a sua avó.
“Se queres partir, ir embora, me olha da onde estiver”, ela diz pra Cila, e eu acredito que meu pai segue me olhando sempre. E tomando conta da sua namoradinha, porque era assim que ele me chamava.
“Cila pode ir tranqüila, teu rebanho está pronto!”, e eu digo o mesmo: Pai, você fez tudo de melhor que pode pra nós, me preparou da melhor forma possível, o melhor pai do mundo. Ensinou-me todos os valores mais puros e corretos que possuía. Seu exemplo de simplicidade e humildade só me dá orgulho, e tento seguir sempre!
A saudade ainda aperta, mas tenho certeza que o Pai do céu te recebeu bem, e tenho certeza que chegará à hora de você vir-me “colher madura no pé” e eu vou poder te encontrar nesse mundo que cheira alecrim.
Então, acompanhada da voz suave da Gadu, escrevi essas palavras com todo meu carinho. Porém, sem tristezas, porque mesmo algumas lágrimas fugitivas vem junto a saudade do nosso ultimo abraço, e vem, também, o conforto e o agradecimento de ter tido um SUPER-MEGA PAI, e a esperança de te reencontrar logo.
Lu
GIZ COLORIDO 