Um autor famoso, que escreve algo tão vivo e energizante, mesmo não estando mais no mundo dos vivos, não deixa de viver. O escrito supera a barreira da morte, o que se escreve numa existência está sempre vivendo e revivendo em todos os olhos que o lê.
A cada leitura, a poesia e a retórica é reiventada e o olhar modifica a obra, tornando-a sempre eterna e presente. A vida pode ser um momento breve e insignificante, somos uma formiguinha no Universo em expansão, porém, se deixamos algo para as próximas gerações, de certa forma continuamos vivos.
Durante séculos pessoas de várias idades e de vários lugares passaram pelo Louvre, em Paris. E nesses séculos todos, Leonardo da Vinci não envelheceu nem uma ruga. Pelo contrário, Leonardo cada vez mais é tido por gênio e inovador, através das descobertas sobre seus estudos.
A arte se torna assim atemporal, não há período melhor, não há superação, e sim idéias novas e diferentes. Um poeta não envelhece, nem sua obra, ele deixa legados para que surjam novos pensamentos. E um pensamento nunca surge do nada, né? Sempre há pesquisa e inspiração.
O que veio antes é “velho” em idade, não em pensamento. Quando Shakespeare escreveu Romeu e Julieta, ele era jovem, com uma mentalidade romântica, e isso não pode mudar. O Shakespeare, autor de Romeu e Julieta é um
homem de mentalidade jovem e sempre será.
A arte passada não é ultrapassada, apenas somos seres finitos, e nossa época fatalmente irá passar, para outra surgir, mas não ficaremos velhos, se deixarmos nosso pensamento para a posteridade.
A arte não vai morrer com os artistas, a literatura muito menos com os poetas, cabe a nós as fazer reviver a cada dia, por novos olhares.
Crie, recrie e viva a Arte!
Lu